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  • Foto do escritorDr. Lucas Barbosa

Cirurgia de Varizes - Ainda existe?

Como evitar os cortes, raquianestesia e repouso típicos das antigas cirurgias?

Com o avançar da tecnologias, o mundo se encaminha para procedimentos menos invasivos. No tratamento de varizes não é diferente. Ao longo dos últimos 20 anos, experimentamos muitas evoluções na compreensão da doença, no estudo da circulação de cada paciente e, é claro, nas formas de tratar.




A inclusão do Laser e da Espuma na rotina dos cirurgiões vasculares foi uma grande mudança, que pode hoje evitar em praticamente 100% dos casos a necessidade de internação hospitalar, anestesia geral e afastamento das atividades profissionais e familiares. "Descobrimos" que é possível provocar a absorção dos vasos que antes eram removidos por cortes, usando basicamente duas formas: Térmicas e Químicas. Fique tranquilo que vou explicar de forma bem fácil.




Tratamentos Térmicos (Lasers):


Aquecer o interior do vaso provoca uma espécie de cauterização, redução gradual do calibre até que ele realmente "desaparece". Para provocar esse aquecimento usamos uma fonte de luz adequada, que é o Laser.


Em vasos bem superficiais e mais finos, temos o Laser Transdérmico NdYag 1064nm Pulso Longo - um flash de luz que tem afinidade pelo sangue, poupando os tecidos ao redor.




Para veias safenas e varizes grossas, precisamos ir "mais fundo", onde esse flash não alcança com eficiência, por isso lançamos mão de uma fibra óptica que leva a luz, atualmente sendo utilizado o Laser Diodo 1470nm. O apelido dessa técnica é Endolaser. Com uma pequena anestesia local (apenas na pele), introduzo uma fina fibra na veia, que dispara a luz e consegue eliminar com muita segurança e eficácia veias safenas, quando assim desejamos.


Para o tratamento de varizes mais grossas utilizo os mesmos materiais, com uma técnica mais avançada, que é a Ablação Térmica Total Assistida (ATTA); resumidamente, acesso o interior de cada variz com alguns botões anestésicos e usamos sequencialmente a mesma fibra óptica para eliminá-las. Nessa modalidade o tratamento é todo guiado por Ultrassonografia.




Tratamentos Químicos (Líquidos e Espuma):


Esses você com certeza já ouviu falar. São as Escleroterapias, famosas aplicações com glicose. No passado eram utilizadas apenas para vasinhos superficiais, com resultados variáveis. Hoje em dia compreendemos melhor as concentrações, viscosidades e diferentes combinações de medicações que podem ser usadas para otimizar os tratamentos. A Técnica da Escleroterapia com Espuma é uma variação das tradicionais aplicações, com a grande vantagem de ser possível, com ela, tratar safenas e varizes grossas, pois hoje em dia a realizamos sempre nos guiando por Ultrassonografia, pois tratam-se de vasos que muitas vezes não são visíveis a olho nu.





Ainda há espaço para a cirurgia convencional?



Com resultados cada vez mais animadores ao longo das últimas décadas, colhendo diversas vantagens como ausência de cicatrizes, ausência de repouso, volta imediata às atividades e ser realizado fora do ambiente hospitalar, os procedimentos antigos com cortes realmente estão ficando para um segundo plano. A última vez que indiquei e realizei uma cirurgia convencional de varizes foi em 2017! Todos os milhares de pacientes que atendi nesses últimos anos, não importando a complexidade do caso ou calibre das varizes, foram tratados com técnicas minimamente invasivas e assim tem sido a tendência mundial. A cirurgia convencional tem ficado restrita para quando não há acesso às tecnologias ou experiência em utilizá-las.



Dr. Lucas Barbosa atende no Setor Vascular da Clínica Patricia Holderbaum, na cidade de Canoas - RS. Para agendamento, clique aqui: http://bit.ly/consulta_drlucas ou visite o Instagram @drlucasbarbosa e use a caixinha tira-dúvidas dos stories.





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